Homenagem ao Escritor



Viram o Doodle de hoje? 



Uma homenagem ao 95º aniversário um dos célebres escritores da literatura brasileira, vale a pena conhecer a vida e a obra de José Mauro de Vasconcelos. Fizemos um breve compilado usando as informações da Wikipédia e uma breve nota do site Techtudo.


O escritor, nascido em 26 de fevereiro de 1920, no Rio de Janeiro, era filho de uma família nordestina que migrou para São Paulo. Como seus pais tinham poucos recursos, José teve que ir para o Rio Grande do Norte, em Natal, onde foi criado pelos tios. Já adulto, ele entrou na Faculdade de Medicina da capital potiguar, mas abandonou o curso no segundo ano e retornou ao Rio de Janeiro em busca de melhores oportunidades. De volta a sua cidade natal, José Mauro trabalhou nas mais diversas áreas: foi carregador, instrutor de boxe e garçom, até conseguir uma bolsa de estudos na Espanha. Desanimado com a vida acadêmica, ele abandonou os estudos após uma semana e foi percorrer a Europa. Junto com os irmãos Villas-Bôas, o escritor atravessou a região do Araguaia, onde conheceu o ambiente e lutou pelos índios.

Em 1942, ele estreou na carreira literária com o livro "Banana Brava", que refletia sobre o mundo dos homens do garimpo. A seguir veio "Rosinha, Minha Canoa" de 1962, o seu primeiro sucesso. Mas o livro "Meu Pé de Laranja Lima", lançado em 1968 que rendeu a fama do escritor. A obra é baseada em experiências pessoais de José Mauro e retrata o choque sofrido na infância com as bruscas mudanças da vida.
Dotado de prodigiosa capacidade inata de contar histórias, possuindo fabulosa memória, candente imaginação e com uma volumosa experiência humana, José Mauro não quis ser escritor, foi obrigado a sê-lo. Os seus romances, como lavas de um vulcão, foram lançados para fora, porque transbordava de emoções. Ele tinha de escrever e de contar coisas.

O autor de belos romances tinha método singular. De início, escolhia os cenários onde se movimentarão seus personagens. Transportava-se então para o local, onde realizava estudos minuciosos. Para escrever Arara Vermelha, percorreu cerca de 450 léguas no sertão bruto.
Em seguida, José Mauro dava asas à sua fantasia e, na imaginação, construía todo o romance, determinando até mesmo as frases da dialogação. Tinha uma memória que, durante longo tempo, lhe per­mitia lembrar dos mínimos detalhes do cenário estudado. José Mauro de Vasconcelos tinha como principal característica o fato de escrever livros rapidamente. "Meu Pé de Laranja Lima", por exemplo, foi escrito em apenas doze dias.
O principal sucesso de José Mauro, foi posteriormente adaptado para as telas: dois filmes e três telenovelas foram inspiradas no livro.
 "Quando a história está inteiramente feita na imaginação", revelava o escritor, "é que começo a escrever. Só trabalho quando tenho a impressão de que o romance está saindo por todos os poros do corpo. Então vai tudo a jato".

     
''Escrevo meus livros em poucos dias. Mas em compensação passo anos ruminando ideias. Escrevo tudo a máquina. Faço um capítulo inteiro e depois é que releio o que escrevi. Escrevo a qualquer hora, de dia ou de noite. Quando estou escrevendo entro em transe. Só paro de bater nas teclas da máquina quando os dedos doem. Só aí percebo quanto trabalhei. Sou um cara capaz de varar dias escrevendo até a exaustão.''

Em  24 de julho de 1964 aos 64 anos, falece vítima de broncopneumonia, em São Paulo.



Curiosidades


  • Além de escritor, o carioca foi também ator.



  • Dos dezesseis aos dezessete anos, foi treinador de peso-pluma; recebia 100 cruzeiros (velhos) por luta no Rio de Janeiro.



  • Trabalhou numa fazenda em Mazomba, perto de Itaguaí RJ, carregando banana.



  •  Viveu como pescador no litoral fluminense, mudou-se para o Recife onde exerceu o cargo de professor primário num núcleo de pescadores.



  • Da capital pernambucana, José Mauro saiu para começar incessante vai-vem, do Norte ao Sul, e vice-versa, permanecendo um pouco em cada lugar, para em seguida enveredar pelo sertão e viver entre os índios.


Obras

Banana Brava (1942)
Barro Blanco (1948)
Longe da Terra (1949)
Vazante (1951)
Arara Vermelha (1953)
Arraia de Fogo (1955)
Rosinha, Minha Canoa (1962)
Doidão (1963)
O Garanhão das Praias (1964)
Coração de Vidro (1964)
As Confissões de Frei Abóbora (1966)
Meu Pé de Laranja Lima (1968)
Rua Descalça (1969)
O Palácio Japonês (1969)
Farinha Órfã (1970)
Chuva Crioula (1972)
O Veleiro de Cristal (1973)
Vamos Aquecer o Sol (1974)
A Ceia (1975)
O Menino Invisível (1978)
Kuryala: Capitão e Carajá (1979)

Frases

''Na outra encarnação eu vou querer nascer um botão. Qualquer um. Mesmo que seja um botão de cueca.É melhor do que ser gente e sofrer pra burro.''

''Porque pra lembrar a gente precisa primeiro esquecer, e isso eu não posso nunca.''

''Até agora aquela música me dava uma tristeza que eu não sabia compreender.''

Cíntia Carvalho

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