Rosie The Riveter

''Rosie A Rebitadora''


Ícone cultural nos Estados Unidos, representando as mulheres americanas que trabalharam nas fábricas durante a II Guerra Mundial muitas das quais produziam munições e material de guerra, a grande musa inspiradora que estampa os posteres nas campanhas feministas, nada tem a ver com a ''causa feminista'' moderna. A verdadeira história da famosa ilustração do poster ''We cant do it'', teve inicio quando a força do trabalho feminino foi requisitada nos Estados Unidos para suprir a necessidade do mercado, nas indústrias, no comércio, transporte e nos demais seguimentos da economia, pois os homens que compunham a grande maioria da força de trabalho estavam lutando na guerra.
Rosie ''A Rebitadora'', em tradução livre, não era realmente apenas uma pessoa. Ela era uma composição de todas as mulheres que entraram para o mercado de trabalho, muitas pela primeira vez. 6 milhões de mulheres tornaram-se Rosies em todo o Estados Unidos durante a Segunda Guerra Mundial.

Mulheres no trabalho em bombardeiro, Douglas Aircraft Company, Long Beach, California (1942)  

De 1940 a 1945, a força de trabalho feminina cresceu 50%. O fenômeno ainda criou uma necessidade secundária que não era muito procurada antes disso: as babás ou trabalhadoras de cuidados infantis.

Em 1944, o movimento aumentou, o número de mulheres americanas que trabalhavam era de 20 milhões. Algumas eram Afro-Americanas, Latinas, e de outras etnias que foram previamente sub-representados no mercado de trabalho. Rosie veio pela primeira vez para a consciência da nação americana através de uma canção popular; o país já estava experimentando as mulheres na força de trabalho, e o esforço para recrutar mulheres estava aumentando.

Em 1942, Redd Evans e John Jacob Loeb escreveu uma canção, "Rosie The Riveter", sobre essas mulheres que estavam indo para o trabalho em grande número. Mais tarde, foi gravada por várias pessoas diferentes e que ficou famosa por James Kern "Kay" Kyser.


Veja tradução aqui.


Então, Norman Rockwell pintou a capa para o 29 de maio de 1943, edição do Saturday Evening Post. Note como ha uma diferença gritante entre esta e o que se mais recentemente se tornou a imagem de Rosie a rebitadora. Apesar da aparência musculosa com traços masculinizados,a verdadeira Rosie era o retrato da mulher forte e corajosa que trabalhava arduamente pelo seu país e pela sua família.


Em 1942, J. Howard Miller criou este poster agora famoso para Westinghouse Co. Durante muitos anos, a imagem foi creditada à Geraldine Doyle, que teria pousado como modelo para a ilustração, que na verdade, não era para ser Rosie The Riveter, embora tenha sido concebido para ajudar o esforço de guerra como um reforço moral. Anos mais tarde (2016) a identidade da verdadeira modelo foi revelada, uma jovem operadora de máquinas na Marinha americana durante  a II guerra chamada Naomi Parkei Fraley era finalmente reconhecida como a verdadeira Rosie The Riveter. O New York Times declarou que a descoberta só foi possível graças aos incansáveis esforços de estudiosos pesquisadores a partir de 2010.  

Geraldine Miller, aos 17 anos em 1942.

A ilustração era pendurado dentro das fábricas para incentiva-las ao trabalho. Foi no início de 1980 que esta imagem se tornou o que a maioria de nós agora pensa sobre Rosie. Foi adotado pelo movimento feminista como um símbolo do poder das mulheres, e continua a ser assim hoje. O fato de que as mulheres entraram no mercado de trabalho em grande número, no entanto não alterou as atitudes sexistas da época. O salário médio de um homem que trabalhava em um local no tempo de guerra era $ 54,65 por semana, para as mulheres 31,21 dólares. Mesmo após a guerra finalmente acabar e muitos desses militares terem seus antigos empregos de volta, que foi o ponto de mudança para as próprias mulheres que comprovaram sua força no mercado de trabalho, uma coisa era certa: Após o fim da guerra, nem todas voltaram para o serviço doméstico, começava então uma nova fase no mundo moderno, a vez das mulheres... 


Saiba mais em Rosie The Riveter


Editado em 23/01/18


PS*
 Em 20/01/18 Naomi Parker faleceu aos 96 anos em Longview, Washington. (Fonte: people.com)

A icônica ilustração e sua modelo real, Naomi Parker aos 94 em julho de 2016
"Eu só queria minha própria identidade. Eu não queria fama ou fortuna, mas queria minha própria identidade ", Naomi para revista People em 2016.

Naomi Parker Fraley trabalhando na estação aérea naval em Alameda, Califórnia, em março de 1942Corbis / Getty

 




Cíntia Carvalho

Muito obrigada por sua visita, espero que tenha gostado do viu por aqui e espero ter a honra de seu retorno. Sua opinião é muito importante, conto com seu comentário. Beijinhos.

4 comentários:

  1. Muito bom saber a respeito, a importância *_*
    Adorei

    www.saidaminhalente.com

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  2. Pois é, as vezes a verdadeira história é bem diferente do que imaginamos!!

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  3. Uma dúvida: Se a personagem tem relação direta com a ascenção de mulheres no mercado de trabalho, não pode-se dizer que está relacionada as pautas feministas atuais? Por mais que a motivação central não tenha sido o feminismo e que as atitudes sexistas ainda fossem presentes (como são até hoje), considero como um passo muito importante para o que hoje conhecemos por empoderamento feminino.

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  4. Não ao meu ver. "Rosie" nunca foi uma militante, portanto vincular sua imagem as militantes atuais ou a causa atual é uma distorção. Como diz o texto e a história envolvendo a personagem, "Rosie" foi requisitada para representar a força do trabalho feminino nos esforços durante a IIWWW, nada tendo a ver com empoderamento feminino e sim cooperatividade em prol da sociedade americana como um todo. A pauta atual usa a imagem de Rosie como se ela militasse em causa própria, digo, só em favor das mulheres. Eu prefiro usar o termo superação feminina ao empoderamento, se ainda existe sexismo ( e eu acredito que ainda exista) é porque este empoderamento não tem tanto poder assim. As mulheres não precisam de "poder", elas precisam de conhecimento amor próprio e respeito mutuo.

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