Adeus à Elias Gleizer


Um fim de semana com duas perdas no cenário artístico ontem B.B.King, hoje Elias Gleizer.

Elias Gleizer como Tarcísio, personagem que interpretou em 'Malhação', em 2007 (Foto: Cedoc/TV Globo)

Morreu neste sábado, no hospital Copa D'Or, no Rio de Janeiro, o ator Elias Gleizer. Ele estava internado desde o dia 6 de maio, quando sofreu uma queda em uma escada rolante de uma galeria de Copacabana. No acidente, o ator de 81 anos fraturou cinco costelas e sofreu uma perfuração no pulmão. As informações são do site O Globo.
Gleizer havia saído da UTI para a semi-UTI nos últimos dias, mas não resistiu aos ferimentos. A causa oficial da morte do ator foram complicações que levaram à falência circulatória por conta de uma bronco-pneumonia. Gleizer sofria com problema renal crônico e, desde 2011, passou por uma série de internações. Ele fazia hemodiálise regularmente.
Ao longo de 56 anos de carreira, iniciada na TV Tupi, em 1959, o ator participou de mais de 50 novelas, séries e minisséries, sendo seu último trabalho na novela Boogie Oogie, em 2014. 

Ilicz Glejzer, mais conhecido como Elias Gleizer, nasceu em São Paulo em 4 de janeiro de 1934.
Filho de judeus poloneses que fugiram da perseguição na Europa, Elias Gleizer apareceu na TV Tupi, em fim da década de 1950. Fez a novela José do Egito, em 1959. Depois engatou uma série enorme de novelas e outros teleteatros, na TV Tupi. Fez nada menos que 25 trabalhos. Seu tipo bonachão, um corpo grande, aliados ao olhar doce, encaixam-se sempre em variados papéis. Dessas 25 novelas, fez Se o Mar Contasse (1964), O Mestiço (1965), Olho Que Amei (1965), A Outra (1965), A Inimiga (1966), A Ré Misteriosa (1966), Os Irmãos Corsos (1966), Presídio de Mulheres (1967), Os Rebeldes (1967), Antônio Maria (1968), Nino , o Italianinho (1969), Simplesmente Maria (1970), A Fábrica (1971), Signo da Esperança (1972), Rosa dos Ventos (1973), Salário Mínimo (1978), Xeque-Mate (1976) e O Machão (1974). Quando a TV Tupi foi fechada, Elias Gleizer foi para a TV Bandeirantes, onde trabalhou em Dona Santa (1982) e Sabor de Mel (1983). No SBT fez Acorrentada (1983) e Uma Esperança no Ar (1985). Foi quando ingressou na Rede Globo. E mais uma vez, engatilhou uma série de 25 participações em teledramaturgia. Seu tipo físico e seu jeito de atuar, pareciam abrirem-lhe os caminhos. Elias Gleizer o vovó mais conhecido na teledramaturgia brasileira, fora das telas jamais se casou nem teve filhos.

Elias Gleizer em Como Uma Onda, em 2004 (Foto: João Miguel Júnior/TV Globo)

Em entrevista exclusiva ao portal Gshow Carolina Pavanelli, que interpretou a garotinha Laleska, em Sonho Meu (1993), revela emocionada: "Ele era uma pessoa ótima. Muito engraçado, brincalhão, divertido... Eu tinha 7 anos quando trabalhamos juntos, e ele era a pessoa mais divertida! Dei muitas risadas com ele... Não é à toa que personificava a imagem do vovô de todos. Perdemos mais do que um bom ator, mas uma pessoa maravilhosa... Espero que ele esteja em paz agora!".


Fontes: O Globo, Diário Catarinense e Wikipédia

Soul Retro

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