Snood Style: Revivendo a moda


No início desta semana, estava eu conversando com minha miga Cris, dizendo que eu estava afim de fazer algo pra presentear as minhas queridas #retrolovers que curtiram a page Soul Retro. Já são quase 500 likes, faltam até agora 44! Estou muito feliz por isso porque vejo que as pessoas tem gostado da proposta da page e isso me anima muuitooo. Então minha cherrie, que claro não poderia deixar de citar o blog dela; o Cherry Cris, me deu uma super idéia: '' Porque você não faz uns snoods de crochê?'' Gente na hora eu comecei a procurar por tutoriais com passo a passo, mas pra minha indignação não achei nada em PTBR; obvio né ''gentem''!! Por ser algo nada usual em terras tupiniquins além de não ser muito conhecido por esse nome SNOOD, por aqui é touca mesmo! Encontrei um tutorial no YT um vídeo que chamam de ''touca caída'' (rsrsr, faz sentido) mas o modelo não tem nada a ver com o tradicional snood. Portanto eis meu desafio dos próximos dias (ou semanas, dependendo quanto tempo vou levar pra confeccionar). Vou fazer um bem simples como teste, se ficar bom, pretendo montar uns kits de brinde para sorteio aqui no blog e na fanpage, torçam pra que dê certo minhas queridas!
  Vamos ao artigo? tentei ser o mais breve possível, mas como vocês verão ainda não foi desta vez, rsrs. Depois me digam o que acham, se gostariam de ter um Snood tradicional confeccionado em crochê pra compor aquele look vintage especial, combinado?

Um snood; lê-se [ snud ] é basicamente um acessório que faz parte da chapelaria feminina. O termo foi registrado em inglês antigo por volta do ano 725 e foi amplamente usado durante a idade média. A primeira evidência do uso de uma rede de cabelo mais próxima do snood propriamente dito, é datado  por volta de 3300 anos, encontrado no tumulo de jovem dinamarquesa aparentando ter uns 16 -17 anos de idade. Seu tumulo foi encontrado em 1921 e o que sobrou do corpo é chamado de Garota  Egvted.


Confeccionado em vários tipos de tecido incluindo desde os mais finos, elegantes e caros até os mais simples este acessório fazia literalmente a cabeça da mulheres antigamente. Geralmente eram utilizados tecidos muito finos como chenile ou tiras finas de veludo adornados ou não com contas, eram tecidos para que se aproximassem o melhor possível a cor dos cabelos, embora também houvessem snoods feitos a partir de tecidos mais espessos e em cores.  Utilizado para manter os cabelos cobertos e devidamente alinhados o snood fez parte do cotidiano de mulheres das mais variadas classes sociais da corte ao campo.

Foto de 1942. Uma atendente da North American Aviaton na Califórnia usando seu pelo snood confeccionado em tecido floral

Segundo o artigo da wiki, na Escócia e partes do norte da Inglaterra entre o fim dos século XIX e início do XX, as moças solteiras usavam uma fita de cetim de aproximadamente 2cm de largura normalmente trançadas com o cabelo chamavam-na de snood, esse adorno significava que a donzela estava solteira e poderia a ser cortejada. Durante a Segunda Guerra Mundial o uso do snood voltou a moda. neste período houve uma espécie de restrição aos gastos com tecidos para vestuário e o governo distribuía a população cupons para compra de roupas em geral e calçados. Para alegria das adeptas das redes para cabelo, os snoods não entraram na lista de restrições à compra o que levou as mulheres a aderirem a moda.

Pintura do século XIX

Na década de 30 uma importante fashionista chamada Elsa Schiaparelli foi a responsável por promover um verdadeiro revival Vitoriano introduzindo o uso de snoods clássicos que eram facilmente reproduzidos em crochê e tricô. Enquanto isso  Hollywood adere a moda em figurinos utilizados nos cinema nas produções de filmes temáticos sobre a era Vitoriana, entre eles está o renomado E o vento levou que inspirou toda uma nova gama na produção de chapéus durante a década.

Trabalhadoras da base Aérea Naval no Texas em 1942

Segundo a fonte pesquisada, essas redes para os cabelos utilizadas no século 19 não eram iguais as usadas entre os anos de 1930 e 1940 quando o uso do snood voltou a fazer parte do glamouroso hairstyle  que o cinema trouxe de volta com Veronica Lake, Ginger Rogers e Vivian Leigh, algumas das atrizes que exibindo suas madeixas perfeitamente envolvidas pelo acessório, também cooperaram para que o uso do snood se tornasse popular novamente por mais alguns anos.

Veronica Lake
Ginger Rogers
Vivian Leigh
As mulheres judias ortodoxas que são casadas usam um adorno parecido chamado shpitzel como parte do vestuário  da cultura religiosa no judaísmo chassídico; neste caso, são projetados mais para cobrir os cabelos do que para prende-los, assim como para impedir que os cabelos sejam vistos através dele. Os modelos contemporâneos para mulheres judias modernas são confeccionados numa ampla gama de cores e desenhos.

Judia ortodoxa usando seu tradicional snood-shpitzel

Atualmente com a procura por inspirações nas décadas de ouro hollywoodiana  e  a adesão crescente pelo estilo old school de todos os segmentos da moda e lifestyle esse acessório fantástico não pode ficar de fora do closet das apaixonadas pelo estilo vintage de ser.

Inspire-se com esses modelos e cores

Dita von Teese, divando com seu snood trabalhado em contas









Depois de tantas imagens belíssimas só me resta pegar minhas linhas, lãs e agulhas e preparar alguns dessas belezuras. E vocês queridas leitoras qual desses gostaria de ter para sair por aí divando no melhor do snood style?

Cíntia Carvalho

Muito obrigada por sua visita, espero que tenha gostado do viu por aqui e espero ter a honra de seu retorno. Sua opinião é muito importante, conto com seu comentário. Beijinhos.

2 comentários:

  1. Essas "redinhas" são uma benção em bad hair day hehehe... Acho lindo e charmoso!! E você ainda usou referencia de dois filmes que amo de paixão , E o Vento Levou e A Incrivel Suzana !!

    Adorei o post e as referencias.

    bjus
    www.misscherry.com.br

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  2. @Lais Miss Cherry Rsrs vdd flor, com certeza dá pra adotar nos dias de revolta das madeixas! Obrigada pelo carinho, estou mto mto mto feliz que tenha gostado, bjks.

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