Madame Bovary


A primeira sugestão literária feita pelo blog (em março de 2015), foi o romance realista francês escrito por Gustave Flaubert publicado em 12 de abril 1856. 
Quando o li pela primeira vez, tinha apenas 18 aninhos recém completados (já tem uns bons anos! rsrs). Me lembro bem, foi no inverno de 1996 quando passei uma temporada de três meses na cidade de Campinas, São Paulo.  Foi amor a primeira leitura; apesar de esquecer-me facilmente das histórias que leio e até mesmo dos filmes que vejo, o que considero um privilégio porque assim posso ler outras vezes que  será como se nunca tivesse lido, só depois de muitos anos que o li novamente; e foi maravilhoso, assim como da primeira vez.

A poucos dias terminei de ler O Primo Basílio de Eça de Queirós, (leia o post aqui) e vi muita similaridade entre os dois romances. Talvez Queirós tenha se inspirado no livro de Flaubert... inclusive há uma frase dita por ambas heroínas, Luísa e Emma que são exatamente iguais! Se você já leu os livros deve ter percebido, se não, aproveite as dicas e comprove por si mesmo.

A obra de Flaubert, trata-se da história de Emma Bovary, uma jovem provinciana que cresceu sonhando viver como nos romances que lia. 
Depois de se casar com Charles Bovary, Emma passa a sentir-se infeliz e melancólica; desejando ardentemente viver uma paixão que a arrebate da vida que ela considera insípida, monótona e entediante. Após um baile em que se divertira como ha muito tempo não fazia , Emma tem a oportunidade de realizar seus desejos, o que  a desperta para um novo sentimento, que a levaria a viver seus próprios romances, assim como nos livros que a faziam suspirar.   Embriagada pelas paixões que a levam ao adultério, mentiras e gastos além de suas posses, ela se entrega aos prazeres que tanto sonhou, agora como ela mesmo poderia dizer; '' tenho um amante!''. Totalmente arruinada por aquilo que imaginou livra-la de tudo o que considerava uma vida medíocre e sem graça, a jovem amante tenta de todas as maneiras recuperar  o que perdera...


Cena do filme de 1949 dirigido por Vicent Minelli
Ilustração de Alfred de Richemont
para a edição de 1905 de Madame Bovary


''Emma Bovary c'est moi''.
''Emma Bovary sou eu!''



Madame Bovary custou ao autor um processo na justiça, por conter relatos que segundo sociedade ultra conservadora  da época, dizia ser contra a moral e os bons costumes além de agredir ao clero. A Sexta Corte Correcional do Tribunal do Sena absolve Gustave Flaubert.

Esta obra teve três adaptações para o cinema, em 1949, 1991 e 2014. Falarei sobre eles em um próximo post.















Esta é a edição de 1993, a que li ultimamente; publicada pela editora Nova Alexandria. São 360 páginas sendo que as ultimas 60 trazem os autos do processo movido contra o Sr. Flaubert e sua própria defesa. 

Encontrei preços que variam entre R$60.00 e R$45.00. Eu peguei emprestado na biblioteca da minha cidade, é uma ótima opção se você estiver sem grana, se preferir baixe o arquivo em pdf, há vários sites que disponibilizam, inclusive gratuitos, só não deixe de ler este maravilhoso clássico da literatura francesa mundialmente conhecido.



Publicado originalmente em 04/03/2015.

Repostagem editada.





Beijos literários
Donna Pepper

Donna Pepper

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