Desabafo do dia - 4 é demais!!!???

Então gente, tudo azul com vocês? Comigo sim, e põe azul nisso!! Hoje o assunto é outro. Desabafo! Faz tempo que não me lamurio aqui no blog. Desde que reformulei, ou melhor, exclui o espaço Coisas da Dinda que acabou sendo renomeado como uma Página - Pin Up com Pimenta - tenho falado muito pouco sobre minha pessoa. A intenção sempre foi fazer uma espécie de diário, tanto que criei o marcador Diário da Pepper pra registrar e compartilhar o meu cotidiano como blogueira/mãe/esposa/dona de casa em tempo integral. Acabou que eu meio que fui pra um outro caminho, fazendo postagens sobre diversos temas: receitas, dicas para o lar, curiosidades, e assim por diante. Cheguei a conclusão que sou uma pessoa que não conseguia manter um diário atualizado como se deve.



Como alguns de vocês sabem, eu estou grávida! Ohhh sim!! Também não falei muito sobre isso.
Na verdade devo ter comentado uma ou duas vezes se não me engano, uma delas foi no artigo Visual Vintage da Futura Mamãe e agora já estamos na reta final, com data marcada para o nascimento; dia 15 de outubro! Passou tão rápido!!!









Pois é, já se passaram 8 meses e alguns dias desde que fui pega de ''calças curtas'' com o fato. Surtei lógico! Não estava esperando, sequer a possibilidade passava pela minha cabeça, nem em sonhos! Mas este é assunto para um outro momento que acreditem ou não, não decidi ainda se compartilho com vocês porque não é muito agradável e não sei se estou preparada pra isso, pois se  fizer, vou contar tudo e talvez eu mesma possa me arrepender. Enfim, vamos ao desabafo do dia que começa com um breve papinho de elevador.






Hoje pela manhã fomos as compras do enxoval para o Samuel, junto com papai e a vovó. Fomos presenteados pela minha querida e amada sogrinha, sim gente, eu amo minha sogra! De verdade, ela quem fez meu marido que por sua vez me fez dois lindos filhos, rsrs.
Fomos até o apartamento da minha sogra - eu a chamo de Sogra, apesar de achar lindo o nome dela -Natália, como sei que ela gosta que a chamo por Sogra desde que a conheci ficou assim. Uma vez chamei ela de dona Natália, ela achou que eu estava com raiva dela, pode isso? rsrsr, foi uma vez só e nunca mais! Gente viram só como eu enrolo pra ir direto ao ponto?! Meu pai!!! Tá vamos lá, foco!




Chegando no prédio, pegamos o elevador do subsolo pra evitar as escadas até o elevador do hall principal ( detalhes são importantes em um diário 😉 ). Ele estava parado ali e havia uma senhora nele. Como eu estou enorme - e aqui vou omitir meu peso porque sou dessas, idade tudo bem, peso por enquanto não falo nem pro Marido; fui andando feito uma patinha, meio correndo, meio andando, enquanto a mulher segurava a porta. Ela foi gentil, ainda bem.Bufando do trote, agradecemos e ela sorriu simpática e educadamente.
Começamos a conversinha básica típica nessas situações; eu primeiro:
__Eu demoro mais chego. Me referindo ao meu déficit temporário de locomoção.
__Tudo bem, eu sei como é, estive duas vezes na mesma situação. Respondeu entre sorrisos.
Fiquei uns segundos calada formulando a tréplica enquanto o elevador subia, nem me lembro o andar dela, acho que era o 6º, o meu. o 15º.
Resposta pronta, falei:
__ Eu estou na quarta vez!
A mulher ficou branca, o espanto era visível no rosto dela, chegou a dar um trancosinho para trás com a cabeça e meio sem saber o que dizer, soltou um Ohhh!!! Com muitos agás e exclamações, me parabenizando.
Agradeci meio sem graça com um sorriso amarelo não tão espantada quanto ela, já estou me acostumando com a surpresa alheia ao ouvirem o número 4 para quantidade de filhos, já era assim quando falava 3.
A porta se abriu e a nossa frente o hall, com um espelho de chão emoldurado em madeira de pintura escura com detalhes dourados. A senhora saiu entre despedidas e recíprocos desejos de bom dia, além de um forçado e amarelo sorriso, tanto quanto o meu.
Quando descemos, o elevador para justamente onde? No andar da mulher! E quem está a porta? A própria! Ainda mais sem jeito como se quisesse que o elevador fechasse e descesse como mágica, ela disse que iria ficar, me pareceu que estava conversando com alguém. Mais sorrisos amarelos e tchauzinhos.  Como são constrangedoras essa conversas de elevador!


Compras feitas, muitas roupinhas fofas onde a cor azul reinou soberana, volto para casa. 
Conversando com minha filha mais velha (tem 18 minha morena linda!), acabei chegando a uma conclusão de que aquele espanto todo e um parabéns ao meu ver, sem a menor vontade, quis dizer mentalmente ''Meus pêsames!!'' Não, não estou sendo uma chata mal humorada, é que como disse, manifestações como estas não são mais surpresa desde que fiquei grávida do meu terceiro tesouro.
As pessoas olham pra mim como se eu fosse um alien e em seguida vem aquela cara de pena, como se eu estivessem vendo ou ouvindo uma tragédia. 
Tudo bem, eu concordo, são tempos difíceis, mas quando não foi!? Desde de que me entendo por gente (faz tempo), ouço que é difícil criar filhos, que o mundo está cada vez pior pra se viver e educar as crianças, que tudo está caro, que é melhor ter um filho só, no máximo dois, que isto, que aquilo e bla, bla, bla.  Mesmo assim, bastou uma breve caminhada pelas ruas do centro da cidade e ver a grande quantidade de lojas especializadas em artigos infantis, pra perceber que mesmo com todo este discurso as pessoas não param de procriar, e quem garante que estas mesmas que falam coisas do tipo não estão por aí se multiplicando feito coelhos! Não quero entrar na questão de gravidez precoce muito comum ultimamente ou coisa semelhante, não é este o ponto, cada um sabe de si não é mesmo?

O que me deixa perplexa e ver como tem gente que reage como se o fato de uma pessoa hoje ter três ou quatro filhos fosse algo de outro mundo. Talvez deva ser, algo de um mundo onde as pessoas ainda preferem gastar seus poucos cruzeiros ganhos com tanto trabalho, alimentando e educando mais um filho, ao gasta-lo com mais um cachorro com pedigree e produtos pet sem nenhuma serventia de fato para o animal ou com um celular desses de última geração ou seja lá o que for! Cada um que gaste seus vinténs com aquilo que lhes convém! O que é inegável, é o fato de que o ser humano tem  uma tendencia horrorosa de desprezar e porque não dizer, julgar os outros baseados em sua própria vida ou no que eles acham ser o melhor para o outro sem ao menos ouvi-lo e nem se quer conhece-lo. Se o fato de eu ter 4 filhos é espantoso por causa dos ''gastos'', mais espantoso é a falta de sensibilidade estampada na cara de gente que age como se eu fosse uma louca, uma pobre coitada e inválida, uma fazedora de filhos f****!!! (grrr!!)

Eu sou a última de sete filhos, nasci quando minha irmã que me antecede já tinha 7 anos. Não foi uma gravidez planejada, mas também pelo que sei não fui rejeitada e nunca senti nada parecido com isso. Posso estar muito enganada, mas acredito que a maioria dos homens (e mulheres - pra quem prefere nomear os gêneros) que vivem ou já viveram nesta terra, não foram planejados assim como fazem-nos pensam que deva ser.


Meus pais tiveram sim muitas dificuldades das quais os meus filhos nem se quer imaginam que possa existir. Não estou dizendo que eu também teria 7 ou 10 filhos, não! Não é isso.  Não só eu não teria, como acho que as pessoas não tem de sair por aí fazendo filhos como se não houvesse amanhã sem condições de pelo menos garantir-lhes o básico, até porque é triste demais vermos tantas crianças em situação de abandono, na miséria ou maltratadas por ''pais'' totalmente irresponsáveis que jamais deveriam por uma criança no mundo. Ter dinheiro é lógico que é preciso, nem vou além nisto, mas é certo que não é o essencial nem de longe o mais importante. Conheço uma pessoa que é relativamente próxima, que tem um "bom dinheiro", mas que deixa muito a desejar como pai, e não sou apenas eu que vejo isto, a própria mãe da criança admite, ou seja, não é uma questão financeira abastada, mas uma questão de amor,  sensibilidade e responsabilidade, de como você encara o fato de que depois de ter tomado a decisão de ter um filho mesmo não tendo feito planos, não importa a valor que você possa ter na conta e sim os valores que você ensinará ao seu filho que um dia também terá um filho. Valores que não tem preço, que não tem diploma que possa ser comparado, valores que mesmo a pobreza tem em abundância para dividir seja com um, dois, ou doze filhos.
Estes oito meses me fizeram mudar alguns conceitos, me fizeram refletir mais em questões que eu mesma achava impossível que mudasse de opinião. Não só uma pessoinha está crescendo dentro de mim, mas esta pessoinha que vos escreve também está em fase de crescimento, literal (rsrs, para frente e para os lados) emocional e racionalmente, estou em fase de transformações não só hormonais mas acredito que humana e espiritual, espero estar certa nisto.

Bom meus queridos, vou parar por aqui. Acho que fui além do que deveria. Era pra ser breve o desabafo, talvez, involuntariamente quis me aproveitar do fato de que ha tempos não tenha falado sobre mim, sou mesmo uma concha as vezes. Dizem que pra ser blogueira de sucesso tem que falar muito de si e não se importar em se expor, por isso acho que jamais alcançarei a fama.
Não sei se  como será daqui pra frente, mas de uma coisa eu sei, vou em frente, sendo difícil ou não, irei em frente. Com ou sem medo, a única maneira de saber como será o futuro é viver um dia de cada vez lutando com as armas que tenho, mesmo elas estando enferrujadas...

Fiquem bem. Espero retornar em breve a ativa, não sei por quanto tempo terei de me ''afastar'' das atividades bloguistas espero que seja por pouco tempo pois este pequeno blog é até agora meu filhote caçula (ri largada)!!

Beijos com batom vermelho 💋 desta 4x mãe 🚼🚼🚼🚼
Donna Pepper


Donna Pepper

Muito obrigada por sua visita, espero que tenha gostado do viu por aqui e espero ter a honra de seu retorno. Sua opinião é muito importante, conto com seu comentário. Beijinhos.

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