Liza Minnelli na Ilha da Magia

Os amigos Luiz Henrique Rosa, Lisa e Sammy DavisFoto: Divulgação

"Cabaret revolucionou os musicais de Hollywood, com o coreógrafo Bob Fosse. Minnelli era uma superstar, celebrada não apenas por ser a filha de dois mitos, Judy Garland e Vincent Minnelli. A torturada estrela de A Star is Born e O Mágico de Oz, e o célebre diretor, vencedor de um Oscar por Gigi.

Ela própria, Liza, fizera-se muito maior que a mãe, ao vencer o Oscar de melhor atriz de 1972, pelo papel da dançarina e cantora Sally Bowlles em Cabaret. Tinha gente na Ilha que não acreditava. A filha de Judy e Vincent Minelli, a atriz e cantora “mundial”, viria a Florianópolis passar o Carnaval com o seu amigo manezinho, Luiz Henrique Rosa, o “amarelo” adotado pela Ilha.

A meteórica visita de 1979 aconteceu num momento mágico para miss Minnelli: sete anos depois do sucesso de Bob Fosse. E um ano depois de um fracasso de Martin Scorsese. Que, aos poucos, se tornaria um sucesso, só por causa da canção: New York, New York. Pela mão do amigo Luiz Henrique, Liza chegou num jatinho do Laguna Tourist, numa sexta feira de lestada, 23 de fevereiro de 1979. Veio com o seu então chevalier servant, Marco Gero, e queria descansar na ilha do amigo dos tempos de Chicago, “Luiz”, com quem gostava de cantar, em português, O Canto de Ossanha e Se Amor é Isso.

Empoleirada num caminhão de externa de TV, assistiu ao desfile das escolas de samba e aplaudiu, com o mesmo entusiasmo da Sally Bowles, a arrasadora passagem da Copa Lord. Com a gargalhada peninsular do pai italiano, Vincent Minelli, mas guardando a melancolia da mãe, Judy Garland, Liza viveu uma terça-feira de Carnaval de autêntica manezinha. Acordou tarde, numa casa de Sambaqui, emprestada pelo empresário Armando Gonzaga. Almoçou às três da tarde — arroz, mamão papaia e camarões ao bafo — e foi visitar a Lagoa da Conceição e a Praia Mole.

Na Lagoa, comprou algumas rendas – e fez uma promessa ao amigo Luiz: “Um dia, vou ter uma casa aqui”.

Animou-se de novo à noite, com as escolas e o Carnaval, muito mais charmoso, que se derramava pela Avenida Paulo Fontes e pela praça XV. Um Carnaval muito mais espontâneo, sem a mesmice dos sambódromos. A manhã da Quarta-feira de Cinzas flagrou-a em pleno Mercado Público, passeando entre as bancas, com LH e Marco Gero, os grandes olhos negros atentos a tudo. De sandálias havaianas, que não tirou desde que pisou Floripa, e metida num jeans absolutamente comum, terá sido confundida como mais uma “sobrevivente” do baile do Lira ou do Doze.

Em 2007, 28 anos depois daquele nostálgico 1979, vencidas algumas das batalhas que sua mãe também travou com a vida, Liza voltou ao país, lembrando os amigos Edu Lobo e Luiz Henrique. Em algum lugar do peito há de ter-se lembrado da Ilha, daquela bela Lagoa e das praias sossegadas, que, como o amigo LH, já não existem mais."

Fonte: clickrbs

Publicado em 14/02/2009

🎉''Jogando Confetes'' 🎉

Não resisti a tentação quando li esta matéria em um grupo sobre cinema antigo e tive que vir voando para o blog afim de compartilhar com vocês. Devo confessar publicamente que esta editora que vos escreve que por sinal é a idealizadora do Soul Retro Vintage Blog Brasil, é extremamente, perdidamente, loucamente e todos os demais ''mentes'', apaixonada por Florianópolis; a bela e inesquecível Ilha da Magia onde vivi por mais de 10 anos; para os íntimos, assim como eu, carinhosamente chamada de Floripa.

Por este motivo e razão tive que compartilhar com todos esta notícia antiguinha, mas que para nós amantes dos tempos passados não importa a data, na verdade quanto mais antigo melhor!

Fiquei bem feliz quando li a matéria, por se tratar de algo que une duas das coisas que amo de paixão; a saber, histórias sobre estrelas vintage do cinema mundial e minha Ilha querida, meu ''pedacinho de terra perdido no mar...'' ao qual um dia retornarei...

Espero que tenham gostado tanto quanto eu. E agora de volta as ''férias''! Mas se algo do tipo surgir outra vez, podem ter certeza que abrirei mais uma exceção e voltarei para compartilhar com vocês ''môsh quiridus'' (sotaque de manézinho da ilha).

Beijos e a gente se vê, ou melhor, se lê por aqui!rsrs.

A editora.

PS: Uma dica pra quem ficou com vontade de conhecer minha Ilha, faça uma visita em um site especializado e boa viagem!